Giselle pediu um poema
e eu, tola, concordei.
Pensei : “talvez um soneto,
com rigor metrificado”...
(um poema assim pedido,
com tanto cuidado e zelo,
é assunto delicado,
não é qualquer poemeto!)
Eis que, quando comecei,
vi-me diante de um dilema:
É que o sorriso de Giselle
é muito mais bonito
que qualquer tolo poema
que eu pudesse ter escrito.
O sorriso de Giselle
ilumina o infinito,
e não há verso torto
que possa descrever
a medida de conforto
que sorriso tão sereno
pode oferecer.
Pois eu lhes digo que a tristeza
alegrar-se-ia ao ver
o sorriso de Giselle
em toda a sua grandeza.
E não tem coisa mais linda,
não há nada que supere,
a ternura que não finda,
e a alegria à flor da pele
do sorriso de Giselle.
Para Giselle Cardoso