Sou Noto: esculpo nuvens na alvorada,
no anil e excelso pálio luminoso.
Quando soprar a minha cálida lufada
tu sentirás o meu abraço vaporoso.
E quando corro, forte e altaneiro,
e me espalho, incontido e insurgente,
sou Euro: o que impele o veleiro
ou arrebata o marinheiro de repente.
Sou essência incorpórea e intangível
e meu sopro é gélido e inclemente:
me conhecem como Bóreas, o terrível.
E então sou Zéfiro, o vento do poente:
danço no espaço, etéreo e indefinível,
anunciando a primavera iminente.
<3
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