Como nascente de um rio caudaloso
meu querer escorre em ondas cristalinas,
se liquefaz em poesia e, generoso,
deságua em mais amor, em verso e rima.
se liquefaz em poesia e, generoso,
deságua em mais amor, em verso e rima.
Como água me sinto, fluindo serena,
eu sou nascente, sou rio e correnteza:
escorro e me derramo, doce e amena,
mas não me prendo, nem aceito a represa.
E, como o rio que corre em liberdade,
eu sou a água que encontra um atalho;
por entre as pedras deslizo incontida,
e enfim deságuo no mar da eternidade.
Como a onda que quebra, eu me espalho:
de minha essência se alimenta a própria vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário