De vez em quando, é preciso um pouco de vazio...
É preciso do vazio do papel em branco, para que se possa escrever. Só um campo vazio pode ser cultivado. Uma casa, sem o vazio entre suas paredes, não é uma casa.
O vazio nada mais é do que espaço. O espaço é fundamental para a vida. Este vazio não é o nada: nada é nada, não existe. Este vazio existe, é apenas algo que espera ser preenchido. Hoje, sinto-me um vaso de barro, completamente oco: se você batesse nas finas paredes da minha alma, agora, ouviria apenas um eco. Mas é bom, de certa forma. É bom, porque meu vazio não é dor, é só espera. Porque eu sei que vai passar, que é só por agora, só enquanto durar este silêncio aqui dentro. Depois, como se subitamente voltasse a ser primavera, borboletas coloridas virão preencher minha alma.
Afinal, como já o disse Madre Teresa, "amor, se não doer, não é amor".
Nenhum comentário:
Postar um comentário