"Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:

'Trouxeste a chave?'"

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Do tempo e da espera


Amanhã é depois. Depois é tempo. Tempo é espera. De vez em quando dói, de vez em quando sangra, e de vez em quando o vazio vem morar aqui. Mas amanhã é espera.

Quando dói, é por um momento, depois passa. Espera. E silêncio, depois, vira canção. Espera. E o que foi vazio, um dia, vira certeza. Espera.

No fim, tudo é espera. De vez em quando sangra e dói, mas passa. Tudo passa, eu fico. E espero.

Ainda há muitos amanhãs por acontecer... E amanhã é espera...

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